Opinião

Em primeiro lugar os alunos têm que se sentir felizes na escola

6 nov 2025 16:28

Uma escola de alunos felizes é certamente um melhor local para se estar e aprender

Recentemente, numa conversa de café com uma amiga de longa data apercebi-me que ela estava extremamente preocupada com a situação da sua filha na escola. Desde o ano letivo passado que, todos os dias de manhã, a criança chorava porque não queria ir à escola. Um momento que se esperava ser de tranquilidade e felicidade estava agora transformado num caos com elevados níveis de ansiedade e que se alastravam a toda a família. 

A escola é o local onde, felizmente, a grande maioria das nossas crianças e jovens passam a maior parte do seu tempo e por isso mesmo tem de ser um local saudável de harmonia e de prazer. 

Por vezes andamos demasiado preocupados para que os nossos filhos frequentem as escolas ou os colégios com os melhores desempenhos académicos (e também com o extrato social mais elevado) e esquecemo-nos que a primeira preocupação deveria ser a procura de uma escola que defenda o bem-estar e a felicidade dos seus alunos. Uma escola de alunos felizes é certamente um melhor local para se estar e aprender. 

Crianças e jovens felizes na escola estarão certamente mais recetivas à aprendizagem. Alunos que sintam a escola como um local seguro e positivo irão desenvolver melhor a sua criatividade e certamente serão mais encorajados para experimentar e a pensar “fora da caixa”. 

Uma escola que se preocupe com a felicidade dos seus alunos estará também a ajudar a construir futuros adultos com mais autoestima, mais resilientes e com mais capacidades nas suas relações pessoais. 

Todas estas valências e outras tantas que influenciam as crianças e jovens, estão diretamente ligadas ao tão importante desenvolvimento da inteligência emocional. Uma escola deve ser sempre um espaço acolhedor para os alunos aprenderem a reconhecer, expressar e gerir as suas próprias emoções.

Uma escola feliz estará a permitir a formação de cidadãos felizes e menos ansiosos, promovendo uma saúde mental mais forte e tão importante nos dias de hoje. 

Acredito que a minha amiga tinha razões para se preocupar e era por isso importante ajudá-la a encontrar uma solução. 

Devemos andar mais atentos à felicidade das nossas crianças e jovens seja na escola, nas atividades extracurriculares e em casa também. Nós adultos, devemos guardar mais tempo livre para conversar e escutar as suas ideias e ajudá-las a superar os seus medos e as suas ansiedades. 

Por vezes uma mudança de hábitos, de escola ou de uma atividade extracurricular pode transformar para muito melhor a vida de uma criança.  
Hoje voltei a encontrar a minha amiga. A filha dela voltou a ser uma criança feliz!

Texto escrito segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico de 1990