Opinião

Eleições autárquicas

9 fev 2017 00:00

Deve ser contrariada a tendência do aumento da taxa de abstenção e a forma de nos expressarmos responsavelmente.

Lá para o início do Outono deste ano seremos convocados para exercer o nosso direito de voto nas eleições que se apresentam como as de maior proximidade ao cidadão: as eleições autárquicas. Serão eleições que se realizam sem que a lei eleitoral autárquica tenha sido alterada, conforme se vem anunciando há muito tempo, e assim, mantendo o registo de eleições para três órgãos: Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Junta de Freguesia.

Aproveito este espaço, neste momento, antes de maior agitação política, local e distrital, para vos deixar alguns apontamentos sobre os desafios que se apresentam, para que, a esta distância, e face às funções que exerço de responsabilidade política distrital, não tenha outra interpretação do que o contributo de alguém que está em funções autárquicas há quase 20 anos, tendo já anunciado que não seria recandidato, com a possibilidade de o ser.

Logo, sendo as eleições de maior proximidade e identidade, o primeiro apelo é o da participação. Deve ser contrariada a tendência do aumento da taxa de abstenção e a forma de nos expressarmos responsavelmente, e temos várias formas, é não deixando de exercer uma conquista de Abril, o direito de voto, ainda para mais quando há poucos meses se celebraram os 40 anos do poder local democrático. E porque, ao longo deste percurso, mesmo com alguns exageros e erros, não restam dúvidas de que a construção de um Portugal mais desenvolvido e moderno, que tem puxado pela equidade territorial, tem estado nas mãos dos autarcas, homens e mulheres, que muito têm feito para contrariar a tendência de um País demasiado centralista, ainda muito agarrado à ideia de que o País é Lisboa e o resto é paisagem!

Esperar, ainda, que para essa mobilização do eleitorado se apresentem um conjunto de projectos de qualidade, com responsabilidade, liderado por pessoas em que nos possamos rever do ponto de vista de entregar na suas mãos a governança e liderança dos nossos territórios, numa lógica de acrescentar valor aos padrões de qualidade de vida que ambicionamos para as nossas terras.

Não esquecendo, na minha opinião, que esses projectos têm que estar enquadrados com um tempo novo, onde o paradigma de gestão autárquica se tem renovado, numa lógica de uma nova geração de políticas locais, depois da fase das infraestruturas e dos equipamentos.

*Presidente da Câmara de Ansião

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