Opinião
Cinema e TV | A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona
Um filme digno para melhor filme estrangeiro nos Óscares
A Sociedade da Neve, ou La Sociedad de La Nieve, título original, é uma obra cinematográfica que mergulha na narrativa já explorada pelo filme Alive de 1993. A meu ver, esta versão cativa de forma mais intensa. A comparação entre os dois é inevitável.
Diferentemente de Alive, este filme foca-se mais no próprio impacto do acontecimento, explorando os sentimentos de sufocamento, claustrofobia e transmitindo uma poderosa mensagem de amizade e companheirismo.
A abordagem visual do filme é notável, especialmente o uso frequente de lentes de grande angular, intensificando a sensação de claustrofobia e nervosismo das personagens. Este recurso contribui para a imersão do espectador na angústia vivida pelos protagonistas.
Classificado como um filme estrangeiro, e realizado pelo experiente J.A. Bayona (conhecido por A Monster Calls), o filme destaca-se pela habilidade na manipulação dos efeitos visuais. Muitas das cenas, mesmo aquelas ambientadas em estúdio, apresentam uma credibilidade surpreendente, com uma fotografia intrigante em diversos momentos.
Em resumo, A Sociedade da Neve oferece uma abordagem única aos eventos verídicos retratados, destacando-se não apenas pela narrativa, mas também pela forma habilidosa como utilizam elementos visuais para transmitir emoções e realismo. Na minha opinião, é uma experiência cinematográfica que supera a versão anterior, explorando mais as complexidades humanas diante das circunstâncias extremas. É um filme digno para melhor filme estrangeiro nos Óscares.