Editorial

As bolachas do futuro

9 mai 2024 08:03

Três centros de investigação que têm o mérito de colocar Leiria na rota da inovação

Num caso desenha-se o futuro da alimentação em cores vibrantes e sabores até agora desconhecidos, noutro, trabalham-se soluções para melhorar a saúde e qualidade de vida da população. Em comum, os três centros de investigação de que vos falamos nesta edição, têm o mérito de colocar Leiria na rota da inovação, com resultados de excelência, reconhecidos a nível nacional e internacional.

Depois da criação do conhecido hambúrguer de peixe, da salsicha de pescado com algas e do afiambrado de pescado, a equipa de investigação do Blue Food Research and Innovation, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) do Politécnico de Leiria, em Peniche, está a testar um novo produto alimentar: bolachas e snacks ‘fabricados’ em impressoras 3D, a partir de matéria-prima resultante da transformação de cascas de fruta e espécies de peixe de baixo valor comercial.

E o compromisso das investigadoras com a sustentabilidade não se confina à área alimentar. Em estudo têm também um projecto de desenvolvimento de embalagens ecológicas para produtos do mar, com recurso a materiais marinhos e plástico reciclado, que permitam reduzir o impacto ambiental e promover um futuro mais verde.

Na cidade de Leiria, o polegar ao alto vai para a parceria entre o centro de investigação do Hospital de Santo André e o Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde (ciTechCare) da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria e para o sucesso alcançado pelas duas entidades, quer em interacção, quer em contexto individual.

Em conjunto, entre outros projectos, foram desenvolvidos um manual de exercício físico para pessoas com cancro e um programa de reabilitação cardíaca, que representam uma mais-valia não só para os doentes, mas também para os profissionais da área da saúde.

Exemplos de talento, criatividade e excelência científica, que colocam a nossa região no epicentro da inovação e aos quais não devemos ficar indiferentes.