Opinião
A verdade: doa a quem doer
Estive lá naqueles dias e o facto de conhecer muitos dos que viram a tragédia à porta de casa marcou-me certamente para vida.
No dia 17 de junho a vida das pessoas dos concelhos do norte do distrito de Leiria mudou drasticamente. Foram horas e dias de angústia enquanto a escassez de meios, a descoordenação evidente e as condições climatéricas extremamente adversas contribuíam para que o incêndio destruísse vidas, casas e grande parte da mancha verde que – antes de tudo isto – caracterizava aqueles territórios.
Estive lá naqueles dias e o facto de conhecer muitos dos que viram a tragédia à porta de casa marcou-me certamente para vida.
Mas não perco a noção de que sendo eu deputada tenho não só a obrigação de acompanhar o que se seguirá à tragédia a que assistimos como o dever de levar para a Assembleia da República a voz daqueles que viveram tudo na primeira pessoa.
E não aceito que me acusem de oportunismo político pelo facto de fazer questões e de exigir explicações e respostas. Foram 64 pessoas que perderam a vida naqueles dias e mais de 200 feridos. Foram milhares de hectares, postos de trabalho e património natural que foram dizimados.
*Deputada do PSD
Texto escrito de acordo com a nova grafia
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