Opinião
A importância de desenvolver um ecossistema empreendedor em Leiria
A região de Leiria deve desenvolver o seu ecossistema empreendedor que promova o empreendedorismo de maior valor acrescentado
As diferentes regiões do País devem desenvolver o seu próprio ecossistema empreendedor. Os ecossistemas empreendedores regionais incluem instituições e organizações que atuam em áreas diferentes desde o ensino e cultura à criação de instituições de financiamentos de novos projetos.
A Câmara de Leiria em conjunto com os diferentes atores da região deve usar políticas públicas de financiamento para desenvolver um conjunto de condições de fomento ao empreendedorismo. É fundamental a construção de infraestruturas, a criação de instituições de ensino secundário e superior, agências para o acolhimento das novas empresas, de incubação, centros tecnológicos e de investigação.
Estas condições podem ser decisivas para criação de novas empresas. A interação entre todos os elementos do ecossistema é facilitada pela proximidade geográfica e pelos relacionamentos entre eles. Todos os elementos do ecossistema têm papéis complementares e especializados. Por exemplo, as escolas e universidades criam conhecimento científico e desenvolvem as capacidades dos recursos humanos.
As infraestruturas tais como parques industriais e tecnológicos e incubadoras de empresas permitem que a nova empresa se instale e opere com maior segurança e apoio. A região de Leiria deve desenvolver o seu ecossistema empreendedor que promova o empreendedorismo de maior valor acrescentado. É necessário ter uma visão estratégica para a região de Leiria, de modo a que o ecossistema se construa à volta desse propósito.
Cabe à sociedade civil e à liderança política das diferentes instituições da região desenvolver programas de fomento económico que criem as condições de base para o surgimento dos diversos agentes no ecossistema empreendedor regional: como seja o estabelecimento de instituições de financiamento, empresas líderes internacionais que subcontratam operações e dão notoriedade internacional, fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços, laboratórios para reforçar a I&D, agências governamentais de apoio à internacionalização e incubadoras.
Leiria deve seguir o que se tem feito em Braga. A Agência para a Dinamização Económica de Braga (InvestBraga e Start-Up Braga) conseguiu desenvolver um hub de inovação que atrai e apoia empreendedores e investigadores com projetos tecnológicos de elevado potencial. Entre os serviços oferecidos incluem-se o de pré-aceleração, aceleração, incubação e mentoria. A Start-Up Braga desenvolveu uma rede de protocolos e parcerias com entidades públicas e privadas de apoio ao investimento, à internacionalização e à transferência de tecnologia. Porque não fazer o mesmo em Leiria?