Entrevista

Rui Ventura: “Fátima é um grande activo de Portugal”

17 jul 2025 08:00

O novo presidente do Turismo Centro de Portugal, em função há três meses, defende a aposta no turismo sustentável. Quer também trazer para o território eventos desportivos internacionais como forma de reduzir a sazonalidade

Maria Anabela Silva

Quais são as prioridades para o mandato?
O Turismo Centro de Portugal tem tido bons resultados e, naturalmente, queremos continuar esse caminho, que tem, naturalmente, de ser aprimorado. Em termos de infra- -estruturas, os postos de turismo não estão adequados aos tempos actuais, pelo que, vamos apostar na sua remodelação. O edifício-sede, em Aveiro, também precisa de obras. Tirando estas questões mais internas, queremos apostar em algo que é essencial: a sustentabilidade do território. Ou seja, darmos a conhecer o território através da paisagem, do ambiente e da diversidade de produtos, que é imensa, do mar à serra, boa gastronomia e património, incluindo monumentos classificados pela Unesco. Temos tanta coisa que, às vezes, se torna difícil criar uma estratégia muito delineada. O desafio é conseguir agregar. O turismo do litoral tem de ajudar o turismo interior e vice-versa, sem esquecer que o turista hoje procura um turismo que se preocupa com o ambiente e nós também temos isso no nosso território.

Casar os vários produtos é um desafio?
Sem dúvida, mas o desafio maior é o de não deixarmos para trás os activos que temos, que são as nossas tradições e as nossas gentes. Precisamos de ter no território pessoas motivadas e satisfeitas com aquilo que é o turismo, para que possam receber bem. A diversidade leva a que tenhamos oito sub-regiões. Temos de ter projectos transversais, como a gastronomia e o enoturismo, que, em alguns casos, sejam transfronteiriços e que, noutros, funcionem como âncoras das sub-regiões e que possam atrair pessoas para outras sub-regiões. Já propus a criação do passaporte ibérico de enoturismo, mas pode também haver outro da rota literária, do património classificado ou do património da Unesco. Há um conjunto de factores que podem ser transversais aos vários territórios.

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