Entrevista

Entrevista | António Sales: “Não há qualquer divisão ou intranquilidade na federação”

1 mar 2018 00:00

Recandidata-se a presidente da Federação do PS para “dar continuidade ao trabalho feito e ”acusa o adversário de avança por questões de “agenda pessoal”

Maria Anabela Silva

Se for reeleito, o que fará de diferente em relação ao presente mandato?

A principal razão da minha candidatura é contribuir para que Leiria venha a ser, num futuro próximo, o coração do País.

O que quer dizer com isso?

Leiria tem excelentes condições para ser o ‘órgão’ distribuidor do sangue que corre nos vasos comunicantes do País. Leiria está no centro do País. Tem um tecido económico e social com a pujança que todos conhecemos e com capacidade de inovação e empreendedorismo reconhecida. Tem todas as condições para ter peso político.

O que tem, então, impedido Leiria de ser afirmar politicamente?

Isso tem-se vindo a transformar aos poucos. O distrito tem hoje condições para adquirir peso político. Isso tem-se manifestado não só em algumas realizações do poder local no distrito, com apoio da Administração Central, e que tem reflexos na melhoria das condições de vida das pessoas e das infra-estruturas, como também na forma como o Governo e o principal partido que o sustenta [PS] nos tem vindo a reconhecer. Vamos ser o palco do congresso nacional do PS, o que acontece, pela primeira vez, em 43 anos. Talvez devido ao facto de a estrutura nacional sentir que há, de facto, aqui uma grande união do partido e dos militantes, mas também devido aos resultados das últimas autárquicas. Pela primeira vez, tivemos mais votos do que o PSD (mais 22 mil votos para as câmaras, mais 20 mil para as assembleias municipais e mais 17 mil para as assembleias de freguesia).

Face a esses resultados, esperava ter oposição nestas eleições?

O PS é um partido diverso e plural e eu aceito sempre, com humildade democrática, a diversidade e a pluralidade. A minha é uma candidatura natural, que se apoia nos resultados obtidos, na proximidade aos militantes e no apelo que estes me fizeram para que me recandidatasse. Quem vem de novo é que tem de explicar se vem por divergências de orientação política ou por uma agenda pessoal. Tenho muitas dificuldades em perceber as divergências políticas em função dos resultados obtidos, em termos eleitorais e de melhoria das condições de vida das pessoas.

A leitura que faz é que a outra candidatura vem por “questões de agenda pessoal”?
Com certeza. Não vejo outra razão. Se não há motivos de divergência política para haver outra candidatura, será certamente por uma questão de agenda pessoal, provavelmente para concretizar alguma fantasia. Convidei o outro candidato e diferentes sensibilidades do partido no distrito para integrarem a minha lista. O outro concorrente recusou sem apresentar qualquer motivo de natureza pol&iac

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ